Duas mulheres, Maria Aparecida França Viana, de 54 anos, e Rafaela da Silva Santos, de 29, foram presas nesta sexta-feira (13) nos municípios de Ibiraçu e Aracruz, no Espírito Santo, acusadas de aplicar golpes relacionados ao rompimento da barragem da Samarco. As suspeitas se passavam por advogadas e prometiam agilizar indenizações às vítimas, causando prejuízos financeiros de pelo menos R$ 40 mil.
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), as prisões foram realizadas pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Aracruz, com apoio da Delegacia de Polícia de João Neiva. A dupla atraía vítimas com promessas de benefícios financeiros e solicitava pagamentos antecipados.
Esquema de fraude e extorsão
As investigações apontaram que uma das mulheres se apresentava como advogada e oferecia suporte para acelerar a liberação das indenizações da mineradora Samarco. À medida que as vítimas realizavam pagamentos e ficavam sem dinheiro, a segunda envolvida oferecia empréstimos, criando um ciclo de dependência financeira.
Segundo o delegado Ricardo Barbosa, em dois casos, as vítimas foram induzidas a adquirir bens, como um carro e uma moto, que acabaram nas mãos das golpistas. Em outro caso, uma vendedora de joias teve um prejuízo de R$ 40 mil após Rafaela comprar diversas peças com cheques de terceiros, sem que os valores fossem honrados.
Prisão e encaminhamento
Rafaela foi presa no bairro Elias Bragatto, em Ibiraçu, e Maria Aparecida no bairro Guaxindiba, em Aracruz. Ambas foram encaminhadas ao Centro de Detenção Provisória Feminino de Colatina, onde aguardam os desdobramentos judiciais.
A Polícia Civil reforça o alerta para que possíveis novas vítimas denunciem casos semelhantes.
FONTE: ESHOJE