O jornalista Felipe Oliveira, repórter da TV Bahia, relatou em suas redes sociais um caso de racismo estrutural que vivenciou recentemente enquanto trabalhava. O episódio ocorreu em um prédio no bairro da Pituba, área nobre de Salvador, onde Felipe foi realizar uma entrevista para uma reportagem.
Segundo o jornalista, ao chegar na portaria do prédio, identificou-se com seu primeiro nome e informou o número do apartamento do entrevistado. No entanto, foi questionado pelo porteiro com a pergunta: “É serviço, é?”. Felipe destacou que, apesar de parecer uma abordagem comum para alguns, a pergunta carrega o peso do racismo estrutural, ao associar automaticamente sua presença no local à condição de prestador de serviços, sem considerar sua posição profissional.
Felipe Oliveira ressaltou que a situação reflete um padrão de comportamento enraizado na sociedade brasileira, onde pessoas negras, mesmo vestidas de maneira formal e em um contexto profissional, são frequentemente vistas de forma preconceituosa em espaços de classe média alta. Ele também pontuou que uma pessoa branca, em circunstâncias idênticas, dificilmente seria alvo do mesmo questionamento.
O caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais, com manifestações de solidariedade ao jornalista e debates sobre a necessidade de combater o racismo estrutural em todas as suas formas. Felipe encerrou seu relato pedindo mais conscientização e mudanças na forma como as relações sociais são construídas no Brasil.
O episódio reforça a importância de discutir o racismo no cotidiano e os desafios enfrentados por profissionais negros em suas áreas de atuação.
FONTE: BAHIA NOTÍCIAS