O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (9) que o país está prestes a encerrar a suspensão do compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, anunciada na última quarta-feira (5). A declaração foi feita durante entrevista à agência Reuters.
Questionado sobre a possibilidade de reverter a decisão, Trump confirmou: “Estamos próximos de fazer isso.” A medida havia sido tomada pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, como forma de pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a colaborar nas negociações de paz com a Rússia. A interrupção no compartilhamento de informações também ocorreu em meio à suspensão da ajuda militar dos EUA a Kiev, o que impacta diretamente a capacidade ucraniana de se defender contra ataques de mísseis russos.
Trump destacou a importância das negociações marcadas para esta terça-feira (11) na Arábia Saudita, envolvendo autoridades dos EUA e da Ucrânia. Segundo o presidente, o encontro em Jeddah pode definir se Kiev estará disposta a fazer concessões para encerrar a guerra com a Rússia. “Vamos fazer muito progresso, acredito, nesta semana”, declarou Trump, expressando otimismo em relação aos resultados.
Acordo de minerais em pauta
Entre os principais tópicos da reunião está o destino de um acordo de minerais entre os governos americano e ucraniano. O pacto, que garante aos EUA acesso a recursos minerais estratégicos na Ucrânia, foi adiado após tensões entre Trump e Zelensky durante a visita do líder ucraniano à Casa Branca, no dia 28 de fevereiro. O encontro foi marcado por um bate-boca público entre os dois.
Apesar dos contratempos, Trump demonstrou confiança na assinatura do acordo. “Eles [Ucrânia] assinarão o acordo de minerais, mas eu quero que eles desejem a paz… Eles não mostraram isso na medida em que deveriam”, afirmou.
Novas sanções contra a Rússia
Trump também abordou a possibilidade de impor novas tarifas econômicas à Rússia, caso Moscou não avance em um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. Além disso, o presidente minimizou preocupações com os recentes exercícios militares conjuntos entre Rússia, China e Irã.
As declarações de Trump sinalizam uma tentativa de reaproximação com a Ucrânia e um reposicionamento dos EUA no cenário diplomático internacional, enquanto as negociações na Arábia Saudita prometem ser decisivas para o futuro das relações entre os países envolvidos no conflito.
FONTE: G1