O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, teve seu impeachment aprovado neste sábado (14) pelo Parlamento, em uma votação que contou com 204 dos 300 deputados favoráveis à destituição. A medida ocorre após a controversa decretação e revogação de uma lei marcial em menos de seis horas, agravando uma crise política já em andamento no país. Com isso, o primeiro-ministro Han Duck Soo assume o cargo de forma interina.
A decisão parlamentar foi precedida por uma mobilização da oposição, que acusou Yoon de violar a Constituição e promover ações autoritárias. O presidente enfrenta investigações de “rebelião” e teve sua popularidade reduzida a 11%. Agora, o Tribunal Constitucional terá até seis meses para validar ou rejeitar o impeachment, e, caso seja confirmado, uma nova eleição presidencial deverá ocorrer em até 60 dias.
A lei marcial decretada por Yoon, justificada como proteção contra supostos aliados da Coreia do Norte, gerou forte reação popular e parlamentar. Apesar de o Exército ter fechado a Assembleia Nacional, deputados conseguiram reverter a medida em uma sessão emergencial, evidenciando as tensões entre os poderes. A aprovação do impeachment reflete o crescente isolamento político de Yoon, inclusive dentro de seu próprio partido.
Yoon foi eleito em 2022 como um novato na política, prometendo reformas econômicas e combate à desigualdade, mas seu governo ficou marcado por escândalos de corrupção e baixa aprovação popular. Em abril, a oposição consolidou o controle do Parlamento e aumentou a pressão sobre o presidente, que passou a ser alvo de investigações envolvendo até membros de sua família.
FONTE: GE
