A pecuária de confinamento consolidou-se como um dos pilares da produção de carne bovina no Brasil, com avanços expressivos em 2024 e perspectivas promissoras para 2025. Este modelo intensivo de criação de bovinos tem se mostrado essencial para atender à crescente demanda por carne de qualidade, equilibrando produtividade, sustentabilidade e inovação no setor agropecuário.
Panorama do Confinamento em 2024
De acordo com o Censo de Confinamento da DSM-Firmenich, o Brasil confinou 7,96 milhões de bovinos em 2024, um aumento de 11% em relação a 2023. Desde 2015, o número de animais confinados cresceu 70%, refletindo a crescente adoção da pecuária intensiva no país. A produção total de carnes – incluindo bovina, suína e de aves – também atingiu um recorde histórico, alcançando 31,57 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O estado do Mato Grosso liderou o confinamento em 2024, com cerca de 1,57 milhão de cabeças, representando 21% do total nacional. Regiões como o Pará e o Maranhão também registraram avanços significativos, com crescimento de 28% e 85%, respectivamente, impulsionados pela adoção de sistemas integrados como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
Sustentabilidade em Foco
A sustentabilidade tem ganhado destaque na pecuária de confinamento. Cerca de 92,5% dos confinamentos realizam coleta de resíduos, que são reaproveitados para adubação e fertirrigção de pastagens e lavouras. Além disso, tecnologias como monitoramento por sensores e nutrição de precisão têm impulsionado a eficiência e a qualidade da carne produzida, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa por quilo de carne.
Para 2025, espera-se que a produção de carne bovina alcance 10,37 milhões de toneladas, mantendo o Brasil como um dos principais produtores globais. A expansão de grandes confinamentos, como o da JBS em Barra do Garças (MT), que planeja dobrar sua capacidade, reforça essa tendência.
Importância Estratégica
A pecuária de confinamento desempenha um papel crucial no agronegócio brasileiro, contribuindo para:
- Aumento da produção de carne de qualidade: Atendimento à demanda interna e externa.
- Eficiência no uso de áreas de pastagem: Redução da pressão sobre terras agrícolas.
- Padronização da carne: Garantia de cortes uniformes e de alta qualidade.
- Inovação tecnológica: Automação, monitoramento e avanços genéticos.
- Geração de empregos: Impacto econômico direto e indireto.
Com avanços significativos em produtividade e sustentabilidade, o confinamento se consolida como uma estratégia essencial para o agronegócio brasileiro. Além de atender às exigências do mercado global, essa modalidade equilibra eficiência econômica e cuidado ambiental, fortalecendo a posição do Brasil como líder mundial na produção de carne bovina.
